Este é o começo da investigação dos acontecimentos do Brasil neste ano.
Sim, é tarde, e muita gente já fez estudos parecidos, com mais propriedade. Esta não é bem a minha praia. Mas é divertido.
Esta investigação vai durar bem mais de um post, lógico — mas não vou fazer posts seguidos, ou vai ficar monótono demais.
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Uma palavra dos nossos patrocinadores.
Este é o meu Patreon — que expliquei na newsletter passada. Estou postando análise e eventos na vida do Johnny Cash.
Esta é minha página no Clube de Autores, com todos os meus livros publicados lá, inclusive o Introdução à Astrologia Ocidental e Uma História de Dois Papas, recentemente revisto.
Este é a minha página no Gumroad, com os meus cursos lá. Os destaques são o primeiro módulo do curso de Astrologia Natal, o curso de Mecânica Celeste, e o de Estrelas Fixas.
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Fui entrevistado pelos rapazes do “O Reporter Belga”, na última sexta-feira:
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Vamos começar do começo astrológico — o ingresso do Sol em Áries, para Brasília.
Por que o ingresso? Porque esse é o nosso “ano-novo” mundano.
Por que Brasília? Porque é a capital do país. Há uma excelente discussão sobre qual cidade é o “coração” do país (se deveríamos usar, por exemplo, o Rio para o Brasil, Nova York para os EUA, etc), mas acho que isso só complicaria as coisas.
Se houver tempo, quem sabe, num futuro não muito distante, podemos ver São Paulo ou Rio.
O que chama a atenção, em primeiro lugar, neste mapa?
Bom, os puristas que me desculpem, mas o que primeiro chama a minha atenção é Netuno. Ele está conjunto à casa quatro e, por antiscion, oposto ao Sol. O Sol sempre está em 0 de Áries no ingresso (é a sua definição), mas não no Meio-Céu, seja por corpo ou, como é o caso aqui, por antiscion.
A segunda coisa que me chamou a atenção neste mapa é a conjunção entre Vênus e Saturno.
Os dois testemunhos (Netuno na casa quatro, oposto ao Sol por antiscion, e Vênus, planeta frio e úmido, conjunto a Saturno, regente do Ascendente, num signo de água) me sugerem que este período, na média, deve ser bem mais úmido que o que se encerra. Tudo sugere água.
O que mais se pode ver aqui? A Lua — desculpem, novamente — oposta a Plutão; Marte conjunto à casa 3; Mercúrio conjunto ao nodo norte.
Este Mercúrio parece ainda mais importante porque, por antiscion, está oposto a Vênus/Saturno, em uma péssima recepção: Mercúrio detesta Vênus e Saturno, que detestam Mercúrio.
Não parece haver muitas estrelas importantes envolvidas para nos dar alguma luz. Procurando estrelas pouco importante, temos Propus (o pé de Castor) no Descendente; Almach/Menkar (o pé de Andrômeda e a boca de Cetus) conjuntas a Júpiter; e Acrab (também conhecida como Graffias) na doze.
As estrelas conjuntas a Júpiter — que rege a quatro — reforçam a impressão que tenho de “tempo ruim”.
Além do tempo — que, com Mercúrio no nodo norte oposto ao regente da um e uma estrela mercurial num ângulo, imagino que além de água inclua ventos mais fortes que o normal —, o que mais estes planetas podem significar?
Bom, Saturno obviamente significa o Brasil, rege a um.
Mas o que regem Vênus, Mercúrio, a Lua e Marte, os planetas que parecem estar fazendo alguma coisa?
Mercúrio rege a seis (funcionários, animais pequenos, doenças) e a dez (o governo, as autoridades).
Vênus rege a onze: dinheiro do governo, ou amigos do país, ou “parlamento”.
A Lua rege a sete — os parceiros comerciais e os inimigos declarados (não os temos, ao menos por enquanto).
Marte rege a cinco: esportes, diversões, lucro da casa quatro.
A casa três, enfatizada por Marte, significa comunicações, transportes, países vizinhos; a quatro, enfatizada por Netuno, os recursos minerais, a agricultura, o clima.
Bom, o mais importante, acho, é a oposição Vênus (o parlamento, o legislativo, etc, ou os amigos do país, ou o dinheiro do governo) odiando e oposto a Mercúrio (o governo, as autoridades; ou doenças).
Um conflito entre o executivo e o legislativo? Um problema grave no orçamento (Vênus como dinheiro do governo)? Uma epidemia, um surto de alguma doença grave (Mercúrio rege a seis)?
As duas primeiras parecem mais prováveis porque se adequam a algumas opções associadas a dois outros testemunhos — a Lua, os parceiros, oposta a Plutão me sugere problema nas relações comerciais, e Marte, o lucro da quatro (o lucro do agro) “nas mãos” dos vizinhos.
Se a opção for um conflito entre o executivo e o legislativo, as forças parecem estar equilibradas — Vênus está exaltada, Mercúrio no Nodo Norte. Acho que dá o equivalente a empate na política, pizza.
Mas a Lua e Marte podem significar outras coisas. Estou só levantando essas opções para não ficar muito vago, e porque elas fazem sentido.
Mas o mapa não me pareceu muito expressivo.
Será que as sete partes árabes fundamentais iluminam alguma coisa?
A parte da Necessidade, associada a Mercúrio está em 11 de Virgem… reforçando a oposição Mercúrio - Vênus/Saturno.
A parte do Valor, associada a Marte, faz o mesmo (e inclui Marte no pacote): ela está em 13 de Peixes.
A parte do Espírito (parte do Sol) e parte do Cativeiro (parte de Saturno) estão opostas e logo dentro das casas regidas pelos respectivos planetas (Espírito em 29 de Leão, Cativeiro em 28 de Aquário), enfatizando as casas, as pondo em oposição.
É difícil saber o que poderia ser uma oposição entre casa 3 e 9. Problemas legais (9) com relação a telecomunicações, estradas, etc (3)? Conflitos com outros países (9) por causa de vizinhos ou comunicação ou infraestrutura, portos, etc (3)? Não sei. Ou, pelo menos, neste estágio da investigação, não sei.
Para ver o que é mais importante, precisamos dar um passo para trás e analisar as relações entre este mapa e a última grande conjunção Júpiter-Saturno, para ver se há algo enfatizado.
Este é o mapa da conjunção:
Quais são os pontos de contato?
Bom, em primeiro lugar, a oposição Mercúrio -Vênus/Saturno acontece no eixo seis-doze da conjunção.
Júpiter está no Ascendente da conjunção e, por antiscion, no Fundo do Céu. Esta ênfase dupla se junta a Netuno-Sol para marcar que a casa quatro é importante, e reforçada pela cúspide da quatro estar conjunta à Lua da conjunção.
O Ascendente do Ingresso cai na conjunção Sol-Mercúrio da conjunção.
A Lua está oposta (e, portanto, Plutão está conjunto) à conjunção Júpiter-Saturno em si).
Ok. Ascendente, muita ênfase na casa quatro, a Lua (regente da sete, regente natural do povo) e a oposição Mercúrio - Vênus (Saturno).
Bom, a ligação óbvia entre os símbolos não faz sentido — tanta ênfase na casa quatro, em Mercúrio, com Netuno na casa quatro do ingresso poderia significar terremotos. Mas ainda acho que deve ser um ano anormalmente úmido, do tipo ruim.
Mas pensando em outras opções. O regente da casa quatro está conjunto a estrelas que significam “situação ruins das quais não se têm culpa”; o regente da casa cinco está dominado pela três, e dentro de uma oposição entre as partes que regem a três e a nove…
A única coisa que consigo pensar é problemas no agro ou em reservas naturais (casa quatro — isso gera problemas na cinco, o lucro da quatro) implicando em problemas nas casas 3 e nove.
Eu fico pensando se isso não pode significar greves e paralizações (casa 3 como infraestrutura, rodovias, etc).
Não sei dizer se a oposição entre o regente da dez e o da onze está ligada com esse problema ou não. Mas se não é um problema entre os dois poderes, talvez seja um problema com o orçamento, ou a folha de pagamento do governo.
Enfim. Por enquanto é isso.
A minha ideia é, primeiro, usar uma técnica que eu nunca fiz, mas já vi fazerem e achei interessante — tratar a conjunção como um mapa natal e olhar o ano como se fosse uma “Revolução Solar” da conjunção.
Depois, catar os eclipses e qualquer outra coisa interessante que aconteça neste ano.
Um abraço e até a próxima.